quinta-feira, 4 de junho de 2009

O desafio dos bancários


Bancários lançam desafio a magistrados para discutir direitos trabalhistas

São Paulo - Depois de tomar conhecimento do "sacrifício" de juízes que passaram o feriado de 21 de abril em resort na Bahia, para discutir Direito do Trabalho com as despesas pagas pela federação dos bancos (Febraban), representantes do Sindicato, convidam o vice-presidente do TST e membro do Conselho Nacional de Justiça, João Oreste Dalazen, a participar de encontro para os mesmos direitos, desta vez com trabalhadores. Foi Dalazen quem relatou o "sacrifício" dos juízes para participar do 16º Ciclo de Estudos do Direito do Trabalho.
"Queremos discutir a mesma pauta só que mais positiva: o fim das terceirizações e demissões no sistema financeiro, um dos setores mais lucrativos do país. Queremos incluir no debate a farra dos bancos com o interdito proibitório, que pune e impede a organização dos trabalhadores que utilizam o direito de greve, assim como debater a necessidade de uma fiscalização mais efetiva para o cumprimento de jornada de seis horas nos bancos", desafia o presidente do Sindicato.
A idéia é realizar na sede da entidade de trabalhadores um seminário para discutir os direitos trabalhistas. Mas, se for mais viável, representantes do Sindicato se propõem a ir para Brasília para a realização de audiência ou seminário. O convite se estende a todos os participantes do encontro na Bahia.
O sacrifício - Nem a desculpa da crise econômica e tampouco do aumento da inadimplência, que "abalou" o lucro dos bancos, serviu para atrapalhar o feriadão de juízes em hotel de luxo na Bahia. Como faz há 16 anos, a Febraban bancou passagens aéreas, refeições e hospedagem dos magistrados com o pretexto de discutirem Direito do Trabalho.
Neste ano, a festa foi no feriado de 21 de abril, quando um grupo formado por 42 juízes, com direito a levar maridos e esposas, ficou hospedado em resort cinco estrelas na Praia do Forte. O pacote bancado pelo setor campeão de reclamações trabalhistas no Tribunal Superior do Trabalho (TST) serviu para discutir nada mais nada menos do que regulamentação de terceirização e demissões feitas durante os reflexos da crise econômica mundial.
Fonte: Elisangela Cordeiro - Seeb/SP

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