segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A dualidade na criação - I


A ciência nos diz que o universo possui doze bilhões de anos; a terra quatro bilhões de anos. E a vida, habita na terra a quinhentos milhões de anos. Por acaso no princípio a luz se fez; o grande "Big Bang" teoria que propõe explicar a criação do Universo , quando magníficas atividades ligadas a leis físicas, atualmente ignoradas ou pouco conhecidas, determinaram o caos inicial.

Das trevas da inexistência, surgiram as grandes concentrações de regiões nebulosas; massas em condensação, universo em formação; transformações formidáveis que possibilitaram o surgimento de astros de variadas grandezas, agrupando-se em galáxias placentas cósmicas que unindo milhares de coincidências , contemplaram a eternidade com o universo conhecido, vindo do nada, do zero absoluto. A ciência considera tudo obra do acaso.

Dizem os cientistas que da formação do planeta terra até o instante do aparecimento da vida, ou seja, três bilhões e quinhentos milhões de anos, talvez não tenha havido tempo suficiente para o acaso formular reações químicas que disparasse o gatilho da vida, sugerindo, inclusive, a hipótese deste fenômeno de criação ter ocorrido em outro astro e viajado até nós hospedado em material intergalático, desprendido de algum planeta mais antigo e de condições gerais idênticas ao nosso. Ou talvez "um irmão gêmeo , perdido em algum lugar fora de nossa galáxia. Entretanto, mesmo que existam milhões de planetas irmãos, os astrônomos não encontraram um só. E a possibilidade de um dia localiza-los ainda é remota.

De acordo com a teoria da evolução da vida, esta surgiu em nosso planeta quando aminoácidos aquecidos e resfriados deram inicio a existência que ao longo destes quinhentos milhões de anos chafurdou na lama, reciclou-se no mar e rastejou em terra. Na era mesozóica, pequenos, gigantescos e alados dinossauros, dominaram nas planícies, florestas e montanhas durante cento e sessenta milhões de anos, sem adquirir um mínimo de raciocínio que pudesse servir de semente germinadora da inteligência; sucumbiram, sob suas aparentes indestrutíveis carcaças, misteriosamente, por uma causa que até os dias de hoje interroga-nos.

Há alguns séculos atrás ou instantes, considerando a eternidade, nossos cientistas acreditavam que a terra era o centro do universo e tinha a forma de uma mesa. Dizia-se, também, que aquele que ultrapassa-se seus extremos despencaria para um abismo eterno ou cozinharia num mar fervente. Ora, se a recente passado acreditávamos em coisas absurdas para nosso conhecimento atual, quem pode garantir-nos que atualmente não estamos crendo em teorias absurdas para o nosso conhecimento futuro. Se o acaso precisou de mais de onze bilhões de anos para criar a vida orgânica elementar, torna-se paradoxal acreditar que a cerca de apenas 30 mil anos privilegiou e desenvolveu nos homens a inteligência. Como pode, a jovem ciência dos homens, neste lapso de existência tão curto, ter adquirido conhecimentos em graus suficientes para engendrar propostas definitivas.

Por outro lado ao analisarmos a história e progressos da sociedade, desde tempos remotos, poderemos constatar erros e acertos que causaram, quando não a desgraça moral, o extermínio de homens úteis à sociedade que se dedicaram totalmente ao estudo e a investigação da verdade. Cientistas e filósofos despertavam a inveja no poder político-religioso e governantes senhores de guerras. Outrora, a grandeza de uma Nação não se media pela sabedoria de seu povo, mas sim, pelas batalhas vencidas; inimigos passados no fio das espadas, sem perdão. Os costumes mais selvagens serviam de palco para cortes de sedução e volúpia; assassinatos, cantados em prosas e versos, como atos de coragem e desígnios de Deus. E todos, intrépidos cientistas e iluminados filósofos, guerreiros assassinos e religiosos depravados originaram-se casualmente, através do mesmo material e acidental princípio gerador?
Autor: Paulo Roberto Marinho

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